quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Jesus acerta flush e elimina Akkari no WPT

Okay, primeiro fato: sim, Jesus joga poker. Figurinha carimbada dos torneios de Vegas, Chris “Jesus” Ferguson, profissional do FullTilt Poker, acabou eliminando o brasileiro André Akkari, ontem na etapa Los Angeles Poker Classics do World Poker Tour.

chris-fergusonChris “Jesus” Ferguson 

Akkari acertou um top pair com Q no flop Qs5h3s e aposta 80K do BB. Chris aumenta em late position para 240K, colocando Akkari em all in. “Jesus” mostra AsKs e Akkari AdQc. O turn traz um Ts, dando nut flush para Chris, e eliminando o brasileiro no nível 21 do torneio, 29º lugar.

Apesar da eliminação, foi um excelente resultado do brasileiro, que enfrentou um field de 696 jogadores e chegou pertinho da mesa final, embolsando $38.085 dólares.

Andre Akkari is eliminatedAndré Akkari (foto: psblog.net/br)

Resultado da semana – edição extraordinária

A melhor parte do carnaval é poder reunir os amigos… pra jogar poker, é claro. Ontem fizemos uma partida, para não deixar o feriadão (para alguns) passar em branco.

  • Data: 24/02/2009
  • Local: casa do mad
  • Prato da noite: pizza
  • Participantes: Cristian, Rodrigo, Rafael, Elton, Mad
  • Re-buys: 2
  • Posições:
    • 1º – Rafael
    • 2º – Mad
    • 3º – Rodrigo

    Primeiro fato curioso da noite… no sorteio das posições, o baralho foi aberto em cima da mesa para que todos puxassem uma carta. Como o Rafael ainda não tinha chego, estávamos em 4. Incrivelmente todos puxaram um 8 do baralho, fizemos uma quadra :).

  • Curiosidades a parte, vamos ao jogo. Cristian iniciou bem a partida e manteve a liderança de fichas por muito tempo, ganhando muitas mãos sem showdown.

    Elton, que vinha recebendo poucas mãos boas, vê Rafael dando raise forte e resolve voltar all in. Rafael dá instacall e os dois mostram KK. Sem flushs, pote dividido. Mais tarde, Elton e Rodrigo acabam indo all in, ambos com AT com sequência já no flop. Pote dividido. Não era o dia do Elton conseguir fazer suas boas mãos renderem.

    Pouco depois, Elton shortstacked no SB empurra todas as suas fichas (menos de 2x BB) para o meio, depois de a mesa rodar em fold. Mad, que estava no BB, dá call por valor e mostra 62 contra 55 de Elton. O flop vem 62X, elimiando Elton.

    Rodrigo fica short stack, vai all in com seu A5s e recebe call de Cristian com AQ. O Flop A5x, e as demais cartas não ajudam Cristian, que nessa hora tomou uma bela fatiada. Logo em seguida, Cristian vai all in novamente e dessa vez é Rafael quem leva a melhor e arrecada todas as fichas de Cristian, que é eliminado.

    Jogo 3-handed, todos na média de fichas, mas Rafael acaba arrecadando quase todas as fichas de Rodrigo e assume a liderança isolada no chip count. Rodrigo fica com menos de 1BB e fica all in obrigado, sendo eliminado por Mad.

    Heads-up formado, apesar de Mad ter feito quadra de K e duas sequências, foi o Rafael quem levou a melhor em uma mão de A8, acertando uma trinca de 8 no turn, eliminando Mad que estava fazendo draw para um straight que não aconteceu.

    Primeira vitória do ano do Rafael, parabéns! Good game!

    quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

    Mão nº 25 Bi na PokerStars

    Imagine que você, do mesmo jeito que faz vários dias por semana, abre seu computador, entra numa poker room e começa a jogar. De repente, descobre que está jogando uma mão onde o vencedor levará cerca de $150 mil dólares, assim, de graça, sem fazer NA-DA…. acredita?

    Pois é, essa foi a promoção da PokerStars, que esta comemorando a mão de número 25 bilhões. Segundo a promoção, o vencedor da mão de número 25 bilhões levaria $100 mil dólares e mais um pacote para participar de alguns “torneiozinhos” de poker (coisa pouca… WSOP, EPT Monte Carlo, PCA, WPT…). O prêmio total estimado então seria de certa de $150 mil dólares.

    25billion-Header Logo da promoção

    Pois bem, domingo, 16 de fevereiro, isso aconteceu. Em uma mesa de Omaha Hi/Lo, com blinds em $1/$2, dois jogadores dividiram o pote e os $100 mil dólares e cada um deles levou os pacotes para participação nos torneios. Os felizardos? “NeonFrost” e “tupapi777”.

    Não bastasse isso, os outros jogadores desta mesa, pelo simples fato de estarem “sentados” na mesa no momento, dividiram um outro prêmio de $100 mil dólares (eram 3 jogadores, $33K pra cada).

    Dessa vez a PokerStars abriu os cofres! :). Note-se que essa mão de número 25 bilhões foi disputada apenas 18 meses depois da PokerStars comemorar a mão de número 10 bilhões, o que demonstra o rápido crescimento dessa poker room.

    terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

    Resultado da semana

    Olha eu aqui de novo. Terça-feira é dia de contar o que rolou na jogatina da segunda…

  • Data: 16/02/2009
  • Local: casa do Rafa
  • Participantes: Rafael, Rodrigo, Elton, Xirek, Mad
  • Re-buys: 2
  • Posições:
    • 1º – Mad
    • 2º – Rafael
    • 3º – Elton

     

    IMAG0033 Rafael, Rodrigo e Elton

    Jogo com mesa curta, iniciamos com um stack de 4.000 fichas. Quem já saiu acelerando muito foi o Xirek, que logo no início arrecadou vários potes. Ainda nos primeiros níveis de blind, Rodrigo primeiro perde um bom pote com Q top pair para um over pair (K) do Mad. Logo depois, Rodrigo sai acelerando de QQ e recebe um all in de Xirek de TT, que acerta uma trinca no flop e obrigando Rodrigo a fazer rebuy. Diga-se de passagem, é a terceira semana que o Rodrigo é fatiado em uma mão com pocket Q.

    Xirek com o maior stack, logo perdeu algumas boas mãos para o Elton, Rodrigo e Mad. Em um lance onde Mad saiu de pocket 7 e achou mais um 7 no flop, Xirek volta all in e recebe instacall de Mad, que arrecada todas as fichas de Xirek, levando ele ao rebuy. Nesse momento, Mad virá o chip leader isolado, com cerca de 13K em fichas.

    IMAG0034 Rafael 

    O jogo segue, as fichas dançando de stack em stack e o Xirek é eliminado. Rodrigo, chega a ficar muito short stack, dobra algumas vezes, perde um pote importante para o Rafael que acertou um par com o seu KQ. Alias, isso acordou o Rafael, que até então estava meio sumido do feltro, logo dobrou suas fichas com AJ contra o Mad, virando o novo chip leader. Rodrigo acabou indo all in e eliminado pelo Rafael.

    DSC02009 3 handed

    Jogo 3 handed, Rafael chip leader absoluto, Mad na média de fichas e Elton um pouco a baixo. Com os blinds em 750/1.500 que estavam maltratando os jogadores, Mad conseguiu ganhar alguns bons potes e eliminar Elton, que acabou em um all in obrigado, e perdeu para dois pares do Mad, que chegou no heads-up com um stack um pouco maior do que o de Rafa.

    DSC02013 We are now heads-up!

    Heads-up formado, jogo rápido. Um simples limp gerava um “pequeno” pote de 3.000, e foi esse pote que Mad levou na primeira mão do HU, ampliando sua vantagem sobre o Rafael. Na segunda mão, Rafael completa no SB e recebe raise de mad no BB. Rafael anuncia seu all in, e Mad dá call. Rafael mostra A6 off, Mad KJ suited, e acerta um J no turn, arrecadando todas as fichas. Fim de jogo.

    DSC02011 Mad, seu KJ ouros e todas as fichas

    Foi um jogo bastante interessante, com um ótimo padrão de poker e com boas jogadas por parte de todos os jogadores.

    Na semana que vem, véspera de Carnaval, não teremos nosso encontro no feltro, próximo jogo só dia 02/03. Abraço!

  • segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

    Lições do feltro – Volume III

    E ai pessoal, tudo certo? Para se redimir de alguns dias sem posts, aqui vai um excelente texto do Felipe “Mojave” Ramos, com certeza vale a pena ler.

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    REFLETIR TRAZ RESULTADOS

    Na última edição da Flop, escrevi sobre como melhorar o jogo e a importância de tentar identificar os erros que cometemos, pois quando
    as coisas não vão bem, a tendência é que tudo vá piorando – cada vez menos paramos para pensar nos supostos motivos que nos levam a continuar cometendo esses erros e a tendência é culpar os adversários, as bad beats e a má fase. É importante saber que o caminho da
    reflexão realmente traz resultados. Recentemente, fiz várias finais no online, contando com mesa final do $100 + Re-buys do FullTilt, cinco mesas finais do $100 + Rebuys do PokerStars, incluindo um segundo
    lugar na edição de domingo com 300K Garantidos, duas mesas finais do Sunday 500K do PokerStars (em quatro torneios jogados), além de mesas finais do $200 + Re-buys (250K Garantidos), $55 (125K
    Garantidos), $109 (Regular e HORSE) e uma FT do $322 Big Deal 150K da rede Ongame (BestPoker). No cash game venho voando baixo, depois de agosto, alcançando uma variação muito menor do que a que tenho normalmente (saí perdendo em pouquíssimas sessões).


    Não posso dizer que esses resultados são frutos da boa fase, não mesmo, pois é exatamente isso que estou tentando mostrar pra vocês: quanto mais tomarmos as decisões corretas e os fatores externos do
    jogo influenciarem menos, muito melhores serão os resultados. Eu posso dizer isso com uma convicção enorme, pois não estou contando com muita “sorte”, não. Ando perdendo potes gigantes para três outs, retas finais de torneio em coinflip, etc. Finalizei entre os 100 jogadores
    no Sunday Million quando meu amigo The__Dry ganhou o torneio, além dois outros SM entre os 200 e também fui bem fundo no 750K do FullTilt.

    Se tivesse que dar uma nota para as minhas performances em torneios
    ao vivo, eu daria um belo 5 – que só me faz “passar de ano” porque, nas outras matérias (cash game e poker online), estou com notas bem altas. E o fato de meus resultados em torneios ao vivo estarem em baixa cabe exclusivamente a meus erros em decisões nos mesmos. Lembro que tomei uma mega bad beat no Ceasars Classic, em Vegas, outra de um
    out na Bellagio Cup, e perdi um coinflip com AQ x 99 na mesma Bellagio Cup. O resto realmente foi devido a decisões erradas, que preciso continuar trabalhando para melhorar, assim como consegui ajustar esse fator no cash game e no jogo online. De volta ao Brasil, joguei os torneios
    das casas de São Paulo e venci mais de 50% deles! Olha a good run aí gente!

    A pedido dos leitores que me escrevem, vou compartilhar com vocês uma
    jogada que ocorreu no WPT do Bellagio, etapa Festa Al Lago, no Dia 1. Com blinds em 300-600 e ante de 50, eu abri raise de 1.550 com J7o na posição de cut-off. Meu stack era de 42K, sendo que a média rodava por 55K, o que me mantinha numa situação um tanto quanto confortável de 70 big blinds. O botão e o small blind foldam, até chegar no big blind,
    um jogador bem conhecido de Las Vegas, com estilo tight-agressive, que resolve dar re-raise para 3,5K, ficando com um stack de 9K após a aposta. Eu já vinha jogando contra ele há cerca de seis horas e sabia que ele era um defensor de blinds, mas um jogador um tanto quanto fraco
    pós-flop. Sendo assim, resolvi jogar contra ele em posição e dei call.
    O flop veio 578 rainbow, o que me deu um par de 7 (middle-pair com kicker J), uma mão um tanto quanto fraca para jogar contra ele, em teoria. Sem muita demora, ele declara all-in dos 9K restantes. O pote tinha 7,5K e a atitude dele, pré e pós-flop, me fez acreditar que eu estava ganhando a mão, pois eu tinha plena certeza de que, se tivesse uma mão forte, ele daria mesa na expectativa de eu tentar roubar o pote,
    pois era exatamente o que vinha fazendo na mesa e uma aposta minha também me comprometeria totalmente com o pote. Era um call um tanto quanto difícil, mas resolvi confiar na leitura, já que eu o estava colocando em duas mãos: par de 6, para um straight-draw, ou AK. Ele abriu uma mistura disso tudo, um belo K6o, o que me dava 65% de chances de ganhar a mão, no flop. O turn foi uma carta muito boa, um 6, que eliminava as chances de eu perder para o straight e dava um par para ele, me dando uma chance de 20% de empatar a mão e 70% para vencer, que é o que aconteceu quando veio uma Q, no river.

    Tempos atrás, eu não estaria com confiança suficiente para acertar um call desses, não. Falta ou excesso de confiança é um grande problema para quem joga torneios, pois sabemos que basta tomar uma decisão errada e ver tudo ir para o espaço. Se a confiança está abalada, a chance de tomarmos uma decisão errada é muito grande. Por isso que o controle emocional é um fator extremamente importante. Eu ainda duvido que um jogador desequilibrado possa alcançar sucesso em torneios, a não ser que ele seja muito disciplinado. Mas eu ainda duvido.


    Como grande exemplo, para me contrariar, temos o Phil Hellmuth, ganhador de 11 braceletes da WSOP. Toda vez que um jogador faz algo que ele não gosta, ele vai à loucura, sem contar as diversas vezes que ele se levanta da mesa para contar para a mãe dele que está em all in, que fulano vai apostar ou que tem isso ou aquilo. Acho que, no caso
    dele, isso deve fazer mais parte da estratégia de marketing e de  desestabilizar o adversário do que outra coisa, sem contar que ele é um jogador muito mais que disciplinado quando estamos falando apenas do poker em si. Mas, ainda acredito que ele seria um jogador muito melhor se ficasse quieto.


    Já que falei de uma jogada bem-feita, agora vou falar também de uma jogada bem duvidosa, que fiz no EPT de Londres. Acredito que nessa jogada, a seguir, o meu adversário conseguiu me confundir bastante. Estávamos no segundo nível de blinds, 50-100, com stack de 10K.
    Freddy Deeb, jogador conhecidíssimo de torneios e cash game high
    stakes, ficava na posição de dealer quando eu era big blind, e a mesa era um tanto quanto passiva, então tínhamos muitos jogadores entrando de limp e meu stack estava oscilando entre 7K e 13K, pois eu estava jogando um pouco mais solto e, quando errava o re-raise ou continuation
    bet contra os limpers, perdia algumas fichas. Lógico que, quando  certava, eu também ganhava bastante.


    Numa dessas vezes que Freddy Deeb entrou de limp, de UTG, resolvi variar um pouco e entrar de limp também, com AJ de ouros. O dealer dá call, o small blind completa e o big blind aumenta para 550. Freddy Deeb dá call, depois de pensar uns 15 segundos, seguido do meu call de mais 450, e vamos ao flop. K92 com duas cartas de ouros. O big blind, que fez o squeeze pré-flop, atira 1.200. Freddy entra numa geladeira e fica pensando por uns dois minutos, antes de anunciar seu allin de 12K. Confesso que não entendi muito por que um jogador demoraria tanto para agir nesse flop e daria all in, e foi nessa linha de raciocínio que tentei tomar minha decisão. Será que ele estaria fazendo um move no
    flush draw? Bom, achei que seria 70% de chances de Freddy ter uma combination hand, tipo QT de ouros, jogando pelo gutshot e o flush. O K de ouros estava na mesa, assim como o 9, então seria impossível ele
    ter top pair e flush draw, que seria uma mão horrível para mim. Será que ele faria essa jogada com trinca de 9 ou de 2? Improvável, pois com
    certeza ele provavelmente iria querer tentar arrecadar mais fichas, já que eu estava jogando bem ativo e ele saberia que, se ele desse call
    nos 1.200 e eu tivesse algo, eu viria por cima já no flop.


    Sendo assim, cheguei à conclusão de que Freddy estaria fazendo um move numa possível mão combinada naipada e, se eu desse call no all in dele, além de pegá-lo possivelmente dominado, eu espantaria o big blind, que deu squeeze e depois saiu apostando no flop. Ah, também havia outro fator: caso eu estivesse errado na leitura (é lógico que eu iria me sentir muito mal, pois essa foi a conclusão a que cheguei da jogada), pela estrutura do EPT, com blinds de uma hora e stack de 10K fichas, me
    restaria correr atrás do flush draw mesmo, que definitivamente não é a melhor jogada para um jogador de MTTs, principalmente no começo deles. Mas a estrutura do torneio também não é das melhores, então eu não teria grandes vantagens frente aos demais competidores.

    Já se eu tivesse um stack de 25K, com média em 10K, isso sim seria uma
    grande vantagem para mim. Então resolvi comprar a briga e fui de all in por cima. O big blind dá fold aberto em AK e Freddy abre trinca de 9, aos meus berros com um termo que não posso colocar aqui! Não vou discutir a jogada do Freddy Deeb, apesar de eu não achar a melhor jogada para esta situação, mas tenho que admitir que ele conseguiu me confundir
    bem. No turn vem uma belíssima Q de ouros, me dando o flush nuts e me dando pedida para Royal Straight Flush, lembrando que o pote era de 25K e, se eu já estava levando pequena vantagem no evento, pré-flop e no flop, com 10K de stack, essa vantagem iria crescer bastante com 25K. E não é que o river dobrou, trazendo um K e dando full house para Deeb?

    Fim de torneio para mim no segundo nível de blinds. Foi uma ingrata surpresa ver a trinca de Deeb, me ver na frente no turn e perder no river, mas, com certeza, a jogada correta nessa situação seria o fold no flop, já que, na maioria das vezes, não sou favorito para ganhar a mão e,
    ainda mais, considerando que era início de torneio. Pelo fato de eu já ter bastante experiência jogando os EPTs e saber que a estrutura é um tanto quanto apertada, resolvi ir mesmo pro baralho, se fosse necessário, e sei que o racional da jogada faz bastante sentido, mas não deixa de ser incorreto.


    É isso, galera. Espero que vocês tenham gostado dos exemplos que eu
    trouxe aqui e que eles possam ajudar a compor o repertório de jogadas de vocês, lembrando que, quanto mais criativo, mais lucrativo (…).

    Por Felipe “Mojave” Ramos – Primeiro brasileiro a conquistar duas premiações consecutias em etapas do EPT. No on-line, não é raro encontrar “mojave” nas mesas finais dos principais torneios da PokerStars e do FullTilt.

    Fonte: Revista Flop nº 10 (Dez/2008)

    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

    Poker na Revista Época – com Alê Gomes

     ale gomes - lapt Alexandre “allingomes” (foto: psblog.net/br)

    Voltamos a falar dele: Alê Gomes. Em Novembro a Revista Época fez uma matéria sobre poker e tem o curitibano como ponto central. É muito legal ver como o nosso esporte vem ganhando espaço no Brasil. Uma publicação como essas em uma revista com tamanha importência como a Época, precisa ser comemorada pelos amantes desse esporte.

    Pre quem ainda não leu, vale a pena dar uma lida:

    http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI17631-15228,00.html

    E da-lhe Alê!!

    quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

    Lições do feltro – Volume II

    Vamos lá, dessa vez é Gus Hansen que nos ensina, boa leitura.

    --

    SENDO UM EMPURRADOR

    Muitos jogadores entendem os conceitos que envolvem acumular um grande stack de fichas durante um torneio. o que eles não entendem, entretanto, é como usar suas fichas efetivamente, depois que conseguem acumular stacks gigantes. Assim que eles percebem que estão com muitas fichas, muitos jogadores querem controlar a ação, mas a maioria deles não pensou em como vão mandar na mesa.

    Quando sou o big stack em um torneio, ser o cara mais agressivo é sempre a minha primeiro consideração. Eu quero eliminar jogadores, continuar crescendo o meu stack e evitar situações perigosas. se puder criar um cenário onde serei o chefe da mesa – ou seja, que eu determinarei os tamanhos dos potes –, o resto da ação torna-se fácil de ler. Eu posso roubar os blinds e “antes” frequentemente, e, se alguém der um re-raise, é muito fácil colocá-lo em uma mão, pois sei que só podem me enfrentar com cartas muito fortes.

    Um dos pontos principais para se tornar um “empurrador”, com stack grande, é ter consciência sobre o estilo dos seus parceiros na mesa e o tamanho de seus stacks. Não deixe que os short stacks tenham fácil acesso a jogadas de all in com qualquer Ás. Se você aumentar com uma mão como 89s e um short stack vier com um all in por cima, dai você criou uma situação ruim. Mesmo que tenha os odds corretos para dar call, não deve querer dobrar ninguém em fichas.

    Você também tem que reconhecer aqueles jogadores que não vão enfrentar um cara empurrador, ou que estão apenas querendo sobreviver e entrar na faixa de premiação, mas que estão com tão poucas fichas que não tem escolha a não ser empurrar all in. Em algum momento, todo jogadores chega a seu limite. Você tem que ter consciência de quando chega esse momento, para não dar fichas de graça, sem razão alguma, a alguém que está pronto para te enfrentar empurrando all in, colocando você em uma situação desagradável.

    Algumas vezes, para ser um jogador agressivo, você tem que dar calls marginais mesmo quando não quer. Por exemplo, se sinto que o short stack está empurrando com qualquer Ás, às vezes eu me arrisco com um gamble, mesmo que ache que estou atrás dele pré-flop. Se tenho algo como KQs vou tentar eliminar este jogador do torneio. Eu basicamente jogarei com qualquer coisa até K8s, pois, se ele tiver algo como 66 ou Ax, é uma escolha com a qual posso viver.

    É claro que ser muito agressivo não significa que você deve deixar a sua agressividade ultrapassar o seu bom senso. Jogar um poker inteligente – aumentar nos momentos certos contra os jogadores certos – é sempre algo que você deve ter em mente. Por exemplo, se está subindo do botão com uma mão fraca como T6 contra dois short stack nos blinds e um deles empurra all in, você criou uma situação ruim que poderia ter evitado.

    gus hansenGus Hansen 

    Se eu estou dando raise dessas posições com mãos como K9, TJ ou A9, não me preocupo muito em tomar um call ou um re-raise de um short stack. Mas com T6, você deve pensar – talvez eu não precise perder um monte de fichas com essa mão e, ainda mais, dobrar um short stack. Uma boa regra, nessa situação, é se perguntar se seu adversário poderia empurrar com T6. A resposta é, provavelmente, não. Eles daria fold em um T6, então você sabe que criou uma situação ruim, ao aumentar com essa mão, para início de conversa.

    Quando você está tentando ser o empurrador, procure imaginar o que seus adversários fariam se eles tivesse as suas cartas. Coloque-se na posição deles e inverta as mãos. Se você acha que eles dariam all in com a mesma mão que está segurando, então sua mão é forte e você deveria mesmo empurrar. Se acha que eles largariam essa mão, então talvez você deva largá-la também.

    Existem algumas mãos que você vai jogar, não importa o que ocorra. E, se estiver atrás, não pode se preocupar em perder. Diga a si mesmo – dessa vez não bateu pro meu lado, da próxima vez será diferente. Se você aumentar com A8 no botão e o blind empurrar com AT – paciência, pode acontecer. Deixe essa mão para trás e siga em frente.

    Para ser um empurrador de sucesso você tem que estar pronto para enfrentar alguns riscos e perder algumas fichas. Lembre-se, não há problema em perder uma batalha ou outra para poder vencer a guerra.

    Por Gus Hansen - membro do Full Tilt, nasceu na Dinamarca e é o atual recordista de títulos do World Poker Tour – WPT, com três vitórias, além de ser frequentador assíduo das mesas de High Stakes.

    Fonte: Revista Flop nº 8 - Agosto/2008

    terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

    Revisão das regras

    Conforme acordado, apenas revisando as regras:

    • Stack inicial: 3.500 fichas
    • Re-buy: 3.000 fichas, ilimitado até 1:30h de jogo (fim do level 9)
    • Níveis de blind:
    Nível SB/BB Tempo Re-buy
    1 10/20 10 x
    2 20/40 10 x
    3 30/60 10 x
    4 40/80 10 x
    5 50/100 10 x
    6 60/120 10 x
    7 80/160 10 x
    8 100/200 10 x
    9 150/300 10 x
    10 200/400 10  
    11 300/600 10  
    12 400/800 10  
    13 500/1000 10  
    14 750/1500    
     
    Pode-se acordar iniciar com 4.000 fichas e re-buy de 3.500, quando o número de jogadores for pequeno.

    Resultado da semana

    E ai pessoal, tudo certo? Vamos ao que interessa… (as fotos não estão muito boas)

  • Data: 09/02/2009
  • Local: casa da mãe do Mad
  • Prato da noite: 0_o
  • Participantes: Wandrey, Rodrigo, Elton, Rafael, Xirek
  • Re-buys: 1
  • Mão mais forte do dia: tava feio o negócio
  • Posições:
    • 1º – Rodrigo
    • 2º – Xirek
    • 3º – Elton

    Foi um dia de jogo atípico. Iniciou-se com um stack maior do que o convencional (4K ou invés de 3,5K) e incrivelmente já estávamos em heads-up com os blinds em 250/500. Talvez culpa dos pernelongos…

    IMAG0023 Turma reunida

    O início do jogo foi bastante lento, pouco ação, culpa das cartas. Com os blinds em 40/80 acontece a primeira grande ação do jogo: Wandrey e Mad acabam indo all in, depois de terem entrado de limp e mostram A5 (Wandrey) e A6 (Mad), batendo um A na mesa e o 6 decidindo como kicker. Wandrey faz o único re-buy da noite e Mad fica como chip leader isolado.

    Mais um período de jogo com pouca ação, mas Xirek começa a dominar a  partida, com vários raises fortes pré-flop levou muitos potes pequenos. Logo depois, acabou eliminando o Wandrey e o Rafael, tornando-se o novo chip leader. Em um all in com AT, Xirek eliminou o Mad de 88, ficando a partir dai com um stack monstruoso.

    IMAG0024Xirek  e seu stack aumentando

    Não demorou muito e o Elton foi obrigado a ir all in, com poucas fichas, e recebeu um call do Rodrigo, que estava sumido até então, mas levou a melhor.

    Heads-up formado, Xirek com cerca de 80% das fichas. Rodrigo já dobra e redobra logo no início, recebendo mãos muito fortes, o que não aconteceu durante todo o jogo e logo passa a ter quase todas as fichas. Mas, o jogo ainda não estava no fim. Xirek dobrou duas vezes, depois de estar muito atrás pré-flop e o river ter salvo ele nas duas oportunidades.

    IMAG0027Heads-up

    Depois de mais um pouco de dança das fichas, os dois acabam all in, Rodrigo com AKs e Xirek 23s, resultado que deixou todas as fichas com o Rodrigo, que conseguiu vencer, o que parecia impossível no início do heads-up.

    IMAG0031 Rodrigo com seu AK e todas as fichas

    Good game Rodrigo!! Primeira vitória do ano.

    Até a próxima segunda!

  • segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

    Iluminado…

    Mesmo pra quem não acompanha muito de perto a performance dos profissionais brasileiros no mundo do poker, o nome “Alexandre Gomes” não deve soar estranho. O curitibano cravou seu nome na história poker por ter sido o primeiro a trazer para as terras tupiniquins um bracelete do WSOP. Antes disso, o advogado Alexandre Gomes era uma figura relativamente desconhecida do cenário nacional, mas, essa foi a sua grande virada.

    Depois do bracelete, o curitibano foi convidado a ingressar no PokerStars Team Pro. Tive o prazer de compartilhar a mesma poker room que o Alê, em seu primeiro torneio live como membro do Team Pro, em agosto do ano passado na etapa de Punta del Este do LAPT. Alê Gomes cravou um 4º lugar.

    Depois, continuou se destacando e mandando ver no online e este ano, está, como diz o título deste post… ILUMINADO. O curitibano vem mandando muito bem, não só no on-line, mas também nos torneios ao vivo.

    Em Janeiro o brasileiro chegou como chip leader na mesa final do PCA (PokerStars Caribean Adventure) – com certeza um dos eventos mais importantes do ano. Tinha tudo pra sair de lá como vencedor, mas, acabou eliminado devido a uma mão infeliz com full house contra quadra. Mesmo assim, um resultado pra lá de extraordinário e um prêmio próximo aos 6 dígitos.

    Alexandre GomesAlexandre Gomes (foto: psblog.net/br)

    No online, não tem uma semana em que o nome dele não aparece na mesa final de pelo menos um dos principais eventos da PokerStars durante a semana. E essa semana que passou não foi diferente. Na terça, como já relatado aqui, “allingomes” venceu um torneio de H.O.R.S.E. Ontem, domingo, dia dos principais torneios, mais uma conquista: o brasileiro chegou em 4º colocado em um torneio de $200+15 com re-buys e um field de 356 jogadores, embolsando $20.731,20 dólares.

    E nós aqui, ficamos na torcida, pra que essa fase iluminada do brasileiro, ajude o país em 2009 a, quem sabe, trazer pra casa mais alguns títulos.

    Boa semana!

    domingo, 8 de fevereiro de 2009

    Classificatórias para o PokerStars LAPT Punta del Este

     

    E ai pessoal? O Latin American Poker Tour está na sua segunda temporada e de 18 a 20 de Março vai revisitar Punta del Este. Na primeira temporada foram 351 jogadores duelando por um pote de 400 mil dólares.

    A PokerStars tradicionalmente realiza torneios on-line valendo vagas nos seus torneios ao vivo, onde os jogadores do on-line podem se classificar por pequenas quantias de dinheiro, ou até de graça. Falando em de graça (e este é o motivo deste post), este mês está rolando no PokerStars um torneio diário, só para brasileiros, de graça, que pode levar um felizardo para Punta del Este com tudo pago.

    A estrutura é simples, neste torneio diário podem se registrar até 10000 jogadores, sendo que os 9 primeiros se classificam para uma segunda fase, a ser jogada no dia 1º de Março, onde o primeiro colocado levará um pacote que cobrirá o buy-in e todas as despesas para participação do torneio.

    Para participar, procure no lobby do PokerStars em Eventos –> LAPT –> All, e localize o torneio do dia chamado “LAPT Punta del Este – Team Brazil Phase 1” e registre-se. Os torneios começam diariamente as 18:00 ET (21h horário de Brasilia).

    Para quem está disposto a desembolsar alguma coisa, existem torneios classificatórios a partir de $2.20. Mais informações: http://www.lapt.com

    Boa sorte aos que se aventurarem.

    sábado, 7 de fevereiro de 2009

    Tem brasileiro fazendo bonito no online

    E ai galera, tudo bem? Teve brasileiro fazendo bonito essa semana, faturando vários torneios on-line.

    No FullTilt, iniciou o FullTilt Online Poker Series, ou simplesmente FTOPS, que está na sua XI edição com $15 Milhões garantidos em prêmios. Ontem foi realizado o evento 2 em PL Ohama, com um buy-in de $240+16, com 1.428 participantes, a premiação final chegou a $285.600.

    Depois de quase 9 horas de jogo para que o vencedor fosse determinado e, para nossa alegria, um brasileiro foi o vencedor. O "ramagem" que conseguiu chegar a final table com um excelente stack, disputou o heads-up com "Chessmanrus" e conquistou o evento 2 das FTOPS XI, e um prêmio de $61.404.

    Indo para o PokerStars, na quinta-feira o brasileiro “timao1910” faturou o Nightly Handred Grand com um field de 886 jogadores. Na quarta-feira foi a vez do Wednesday Quarter Million, que teve a participação de 1334 jogadores. No field, André Akkari, brasileiro membro do Team PokerStars Pro liderou o torneio por boa parte do tempo e acabou em 8º lugar. Quem também fez bonito foi a Maria Eduarda “Maridu” Mayrink (aquela que é a atual comentarista do EPT que passa na FX), que bateu a 42ª posição, também ITM.

    aakkari

    André Akkari (Foto: psblog.net/br)

    Já na terça-feira, foi a vez do curitibado Alexandre Gomes, também membro do Team PokerStars Pro. “allingomes” faturou um torneio de H.O.R.S.E. com um field de 63 jogadores. Modalidade essa considerada por muitos, a mais difícil do poker, já que é necessário ter habilidade em várias variações do esporte (Hold'em, Omaha, Razz, Stud e Eight or Better). Quem também apareceu na mesa final foi novamente a “Maridu”, que vem mandando muito bem e terminou em 8º lugar.

    ale gomes

    Alexandre Gomes (Foto: psblog.net/br)

    MARIDU2

    Maria Eduarda “Maridu” Mayrink

    É isso ai pessoal. Até a próxima e boa sorte para os brasileiros nos torneios do final de semana.

    sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

    Lições do feltro – Volume 1

    E ai pessoal beleza? Vou começar a postar aqui alguns textos interessantes que nos ensinam como melhorar a prática do nosso esporte. Espero que aproveitem!

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    O SEGREDO DOS SIT-AND-GO

    Os sit-and-go (SNG) são o maior presente do poker online para os jogadores de torneios iniciantes. Antes dos SNG, era muito difícil
    adquirir experiência em mesas finais. Você podia entrar em uma dúzia de torneios multi-table (MTT) e nunca chegar a jogar uma mesa final. Ou podia chegar a uma ou duas finais, apenas para ser eliminado
    em oitavo ou nono lugar. A adaptação a um número cada vez menor de
    jogadores em uma única mesa é uma habilidade crucial para os torneios de poker, e é uma experiência difícil de ser encontrada ao vivo sem investir muito tempo e dinheiro.

    No poker online, esta experiência está a um clique de distância. As vantagens dos SNG são muitas. Para começar, são muito baratos ou até de graça. Também são divertidos e muito convenientes: você não precisa se programar, já que um SNG começa a todo momento que a mesa fica cheia. Além disso, normalmente eles terminam em menos de uma hora. É como um simulador de vôo para mesas finais, e saber jogar uma final deveria ser lição de casa obrigatória para os estudantes dedicados.


    Agora que você já sabe por que devia jogar, vamos descobrir a maneira correta: A diferença mais óbvia entre um SNG e um MTT é que quando
    alguém é eliminado em um SNG, não aparece ninguém para se sentar em seu lugar. Já os MTT são basicamente jogos de mesa cheia. Assim que os jogadores vão sendo eliminados no SNG, as mesas vão ficando cada vez mais e mais curtas. A redução de jogadores serve, basicamente, para aumentar artificialmente as apostas. Por exemplo, você está jogando em cinco jogadores com blinds de 100-200: na verdade está pagando 300 fichas a cada cinco mãos, ou 60 por mão. Assim que mais um jogador for eliminado, vocês estarão em quatro jogadores, pagando 75 fichas por mão – um aumento de 25% –, mesmo que os blinds ainda não tenham subido. Desta forma, você é obrigado a jogar mais ou corre o risco de ser morto pelos blinds. Já que o tamanho dos blinds em relação ao seu stack sempre deve decidir a sua seleção de mãos, eu recomendo que você inicie com uma seleção de mãos muito conservadora. Isso serve para duas coisas: primeiro, os blinds obrigam que você jogue bem tight no início, já que são muito baixos e vocês estão em nove jogadores, portanto os blinds não chegam até você rapidamente. Segundo, isso ajuda com que você crie uma imagem tight na mesa – algo que você espera criar para depois, quando os blinds estiverem altos, poder roubar algumas fichas dos adversários.


    Mas existe mais uma razão, nem tão óbvia, para que você jogue tight no início e mais loose ao final: a estrutura de premiação recompensa o jogo tight. A maioria dos SNG paga 50% para o primeiro, 30% para o segundo
    e 20% para o terceiro. Esta estrutura o obriga a jogar pelo terceiro lugar. Por quê? É só olharmos de outra maneira para a premiação, vamos entender. Basicamente, a premiação mostra que 60% do prêmio é entregue aos três últimos jogadores, 20% é entregue aos dois finalistas e os outros 20% vão para o campeão. Se você chegar em terceiro, já tem pelo menos um terço dos 60% da premiação, ou 20%. Você garantiu o seu lucro e ainda tem a chance de ganhar 30% mais. É somente agora, quando você está entre os três primeiros, que a sua estratégia deve dar uma guinada. Agora vale a pena se arriscar para ser campeão. Vamos olhar os números novamente: 60% da premiação já está fora e, ao chegar em segundo lugar, você ganha apenas mais 10%. Mas, se chegar
    em primeiro, você consegue mais 30% – três vezes mais para o primeiro do que para o segundo! E, com os blinds subindo, se arriscar pelo primeiro lugar é claramente a jogada mais correta.


    Eu vejo muitos jogadores aplicando a estratégia inversa. Eles pensam que não têm nada a perder, então tentam dobrar rapidamente no início. Eles se arriscam muito cedo, quando, em suas mentes, ainda não há nada em jogo. Daí, quando entram na premiação, eles se tornam tight,
    pensando na premiação extra em avançar uma posição. Se você repensar a sua estratégia nos SNG e adotar a lentidão no início e a agressividade no final, você verá uma rápida melhora nos seus resultados

    Por Howard Lederer - Membro do Team Full Tilt, possui dois braceletes
    da WSOP e já chegou na quinta colocação do Main Event, em 1987. Sua irmã também é uma conhecida profissional, Annie Duke.

    Fonte: Revista Flop nº 7 – Junho/2008.

    quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

    Phil Ivey e suas apostas

    Phil Ivey não consegue parar de apostar grandes somas nos grandes eventos. Mais uma vez ele volta a fazer das suas e apostou $1,000,000 no Super Bowl. Aparentemente, a razão pela qual ele efetuou esta aposta está relacionado com um telefonema de Barry Greenstein. Contudo, Ivey não disse em quem é que apostou para vencer o encontro. O ano passado, Ivey perdeu uma aposta deste montante quando apostou na equipa errada nas Finals da NBA.

    phil-ivey-333

    Fonte: Pokerstrategy

    quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

    Primeiros resultados do ano

    Então, regras novas… vamos aos resultados. Agradeço ao Bruno pelas excelentes fotos, não vamos ficar bravos se você aparecer mais vezes para registrar os momentos de ação :).

    • Data: 26/01/2009
    • Local: casa do Rafael
    • Prato da noite: vácuo :)
    • Participantes: Rodrigo, Xirek, Rafael, Elton, Cristan, Mad
    • Re-buys: 1
    • Mão mais forte do dia: faltou memória
    • Posições:
      • 1º – Mad
      • 2º – Rafael
      • 3º – Elton

    Bom vamos lá, poucos jogadores na mesa, acho que estavam todos curiosos pra entender como seria o jogo com as novas regras. Acredito que no final todos tenham gostado. O jogo começou um pouco lento, poucas apostas, muito limp. Com uma trinca de 6 o Xirek conseguiu aumentar o seu cacife já logo no início do jogo contra o Rafael. Mais tarde, o mesmo Xirek foi eliminado pelo Rodrigo, em uma tentativa de blefe mal sucedida. Em outra mão, Rodrigo sai de QQ, levanta pré-flop, Elton apenas da call, todos os outros foldam. Os dois acabam empurrando todas as fichas pro meio da mesa e o Elton mostra um AA, que deixou o nosso amigo Rodrigo short, que logo teve que ir all in, sendo eliminado pelo Rafael, que a partir dai começou a recuperar seu cacife.

    resizeIMG_0136 Rodrigo e o convidado VIP do dia: Fernando “T3”, direto da Irlanda.

    resizeIMG_0137 Nosso amigo “T3”

    resizeIMG_0139 Rafael: call? fold? raise? hmmm….

    Nosso amigo Cristian, sem receber cartas durante a noite, viu poucos flops e acabou sendo eliminado pelo Mad. Restando apenas 3 na mesa, as fichas rodando de mão em mão, blinds altos, Elton short stack move all in no SB com AQ. Mad no BB da instacall com AK e acaba eliminando Elton.

    Heads-up rápido, sem destaques.

    resizeIMG_0142Mad, pouco antes do fim do heads-up 

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    • Data: 02/02/2009
    • Local: casa do Wandrey
    • Prato da noite: vácuo de novo, devem tá achando que estamos gordos… :P
    • Participantes: Xirek, Rafael, Joaçaba, Elton, Eduardo (vulgo Bean, que deixou a “curtição” no Peru e veio pro Brasil nos prestigiar), Rodrigo e o anfitrião Wandrey – mesa cheia!
    • Re-buys: 2
    • Mãos mais forte do dia: AAAA
    • Posições:
      • 1º – Mad
      • 2º – Eduardo
      • 3º – Joaçaba

    O jogo iniciou somente com 4 jogadores, mas logo quase faltou espaço na mesa. Logo no inicio o Xirek levou alguns bons potes, incluindo um flush com 4 cartas de ouros na mesa. Wandrey não levava sorte em nenhuma mão contra ele.

    Aos poucos, o Joaçaba construiu um cacife enorme, tirando fichas principalmente do Xirek, que foi eliminado e depois maltratando o Rodrigo que saiu de QQ, e recebendo um call de AT do Joaçaba que fez 2 pares e deixou o Rodrigo capengo. Esse, logo depois, acabou indo all in, recebendo 2 calls e sendo eliminado.

    Nosso amigo Wandrey, mesmo depois de 2 re-buys acabou caindo, dia de pouca sorte. Rafael estava de espectador, já que não saiu pro jogo a noite toda por falta de cartas.

    flickrIMG_0143Fichas pra que te quero…

    Já em 4-handed, restando Joaçaba com aproximadamente 50% do total das fichas, Eduardo, Mad e Rafael (em ordem de quantidade de fichas), estando os blinds em 300/600, Mad, do dealer, da um raise all in e recebe call do Rafael, que mostra KK, e Mad mostra AQ. O flop quase causa um enfarto no Rafael que era franco favorito: AAX. Dessa forma, foi eliminado nesta mão ingrata.

    Depois da saída do Rafael o jogo ficou lento, algumas mãos sendo decididas no K carta alta (calcula!), os blinds massacrando os cacifes. Mad recebe 99 no SB e  vai all in, recebendo instacall do Joaçaca com QQ.

    Os deuses do poker novamente ajudaram o Mad, que incrivelmente acertou uma sequencia com uma mesa JT78X, levando boa parte do cacife do Joaçaca e virando o novo chip leader. Em outra mão, dessa vez contra o Eduardo, Joaçaba toma outro bad beat e perde novamente para uma sequencia que acertou um gutshot no river. Não era a noite do Joaçaba.

    Heads-up formado, decidido em cerca de 15 minutos, com Mad saindo de pocket 8, acertando uma trinca no flop e arrecadando todas as fichas.

    Jogo excelente, regado a cerveja e boas risadas.

    Até a próxima.

    2009, ano novo, regras novas…

    Bom, ano novo, novas idéias…. Mudamos as regras para que o jogo fique mais interessante, sempre buscando o aprimoramento da prática do esporte (sem entrar na velha discussão de se é esporte ou não) e para cultivar a amizade dos amigos de feltro:

    - Stack inicial: 3.500 fichas (talvez podendo ser 4.000 dependendo do número de jogadores).

    - Apenas um jogo por noite.

    - Re-buy até 1h ou 1:30h, a combinar antes do início.

    - Fim da pontuação anual (por hora).

    - Todo o pote fica pro 1o colocado, salvo acordo durante o heads-up.